domingo, 18 de abril de 2010

O meu velório.

E eu irei;
E minha morte será cantada, em um bom tom
acompanhada somente por um banjo.
Todos devem cantar, e em linguagem mundial
com palavras existentes mais que não dão sincronia
e de alguma forma, ninguém errará.
Levado por todos, cada um com seu crachá
e não na condição de julgamento
amaldiçoado será quem falar.
As diferenças, serão vista como algo bom.
Caminharei sorrindo, e não com os dedos intercalados,
de listras e em cores primas, mais que não se misturam,
sem presa e guardando os sorrisos.
E em três camadas composta de chuva, vidro e reflexo,
estarei sumindo aos poucos, deixarei de viver alguma coisa
que não será dado valor em outra chance.
E a cada perda, que me houver será equivalente a perda de um dente.
E em meia xícara terá espaço de sobra
para cada desdenho, ou algo não cumprido.
Sentimentos serão guardados como sardinhas,
haverá um ou outro que não libertarei mais.
Conservantes eternos, que me dará um poder direto.
A ansiedade e cultivo me perseguirá até mesmo nessa hora.
Uma vez evaporado,
percebo estar em uma viagem enquanto durmo
ou estar dormindo enquanto parto.
Não me surpreenderia acordar em vários sentidos
supostamente rodeado por pessoas.


(minha primeira tentavida de escrever algo)